Palestra Visualização de dados no Jornalismo

24/06/2022 21:55

 O jornalista e prof. Marcelo Soares, fundador do Lagom Data, ministrará a palestra “Visualização de dados no Jornalismo” para os alunos do PPGJOR, alunos do curso de Jornalismo e aberta a interessados no tema. A conferência será realizada no dia 30 de Junho, às 9h, no Auditório Henrique Fontes, no Centro de Comunicação e Expressão  da Universidade Federal de Santa Catarina (CCE/UFSC).

O professor Marcelo Soares também fará uma atividade prática em laboratório com os alunos do Curso de Jornalismo e PPGJOR . O Mini Curso sobre os processos do Jornalismo de Dados, será ministrado nos dias 29 e 30 de junho, das 18h30 às 22h, no Lab 007 do CCE (Térreo, Bloco A).

Jornalista e professor, com base em São Paulo (SP), Marcelo Soares  desenvolve análises de dados para reportagens ou para compreender o público de um site. Também ensina jornalistas a entrevistar números em pós-graduações.

Desde os anos 1990, se especializou em análise de dados. É um dos primeiros brasileiros a trabalhar com “Reportagem com o Auxílio do Computador”, hoje chamado Jornalismo de Dados. Tem alguns trabalhos nessa área, grandesmédios e pequenos.

A partir de 2012, na Folha de S.Paulo, começou a trabalhar com dados de audiência para compreender melhor os leitores. Por quatro anos, fez um trabalho aprofundado para melhorar a eficiência do conteúdo. Lá, foi o primeiro editor de desenvolvimento de audiência da imprensa brasileira.

Em 2016, deixou o dia-a-dia do jornal e passou a prestar consultorias, cursos sobre análise de audiência e análise de dados. Nessa fase, ganhou prêmios quase anualmente e chegou a ter até trabalho exposto na Bienal Brasileira de Design Gráfico.

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“A imparcialidade tem uma premissa e ela é a Declaração Universal dos Direitos Humanos”, explica profª Bianca Santana

20/04/2022 21:27

A profª Drª Bianca Santana ministrou, na última terça-feira (19), a aula magna 2022 do PPGJOR UFSC. Com a fala intitulada “O enfrentamento ao racismo na prática jornalística”, a professora trouxe para o debate o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros para falar sobre a imparcialidade profissional. Santana explica que não se pode confundir imparcialidade com dar voz a racistas versus quem enfrenta o racismo. “Imparcialidade é a partir da defesa dos direitos humanos. Imparcialidade tem uma permissão e a premissa é a nossa Constituição, é a Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

A autora de “Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro”, explicou ainda que o jornalismo hegemônico no Brasil é branco e por viés inconsciente ou não, reproduz o que Cida Bento chama de pacto narcísico da branquitude. Santana elucidou que Cida Bento define branquitude como a preservação de pactos entre iguais, de hierarquias raciais que encontram ecos em diferentes organizações, incluindo aí as jornalísticas.

“Tantas vezes as pessoas falam de critérios jornalísticos, sem desconfiar que muitas vezes esses critérios não são técnicos, mas são critérios que conformam esse pacto narcísico da branquitude”.

A professora citou ainda a campanha da Coalizão Negra por Direitos voltada para jornalistas e que buscou denunciar o genocídio da população negra no Brasil, pedindo aos profissionais da imprensa que utilizassem os termos adequados para se referir aos fatos que envolvessem o tema. Segundo Bianca Santana, a forma como o jornalismo deixa de contextualizar corretamente a informação oferecida ao público dá a entender que existe um problema de violência igualmente distribuído entre a população, o que é desmentido pelo Atlas da Violência no país.

“Quando a gente sabe 91% das crianças assassinadas por tiro no Rio de Janeiro são crianças negras, por que os jornais ainda falamos em bala perdida? Que bala perdida encontra uma criança branca na Zona Sul do Rio de Janeiro? Por que a bala perdida só se perde nas favelas e nos morros e só encontra corpos de crianças negras? São execuções.”

Assista a aula magna 2022 completa:

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Enfrentamento ao racismo no jornalismo é tema da aula magna 2022 do PPGJOR UFSC

30/03/2022 18:29

A jornalista e profª Drª (FGV) Bianca Santana ministrará a aula magna 2022 do PPGJOR UFSC. Com o tema “O enfrentamento ao racismo na prática jornalística”, a conferência será realizada no dia 19 de abril, às 9h, com transmissão online pelo canal do YouTube do Programa.

Bianca Santana é jornalista, doutora em Ciência da Informação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e mestra em Educação também pela USP. É autora dos livros “Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro” (Companhia das Letras, 2021) e “Quando me descobri negra”(SESI-SP, 2015). Foi professora da Faculdade Cásper Líbero e da pós-graduação em Jornalismo Multimídia na FAAP. Atualmente, é professora no MBA em Estratégias de Comunicação Digital da FGV e escritora residente na Escola de Português da Middlebury College (em Vermont, nos Estados Unidos).

Bianca também é colunista da revista Gama e tem textos publicados em diversos veículos como UOL, revista Cult e Folha. Além disso, é organizadora das coletâneas “Inovação Ancestral de Mulheres Negras: táticas e políticas do cotidiano” (Oralituras, 2019), “Vozes Insurgentes de Mulheres Negras: do século XVIII à primeira década do século XXI” (Mazza Edições/ Fundação Rosa Luxemburgo, 2019), e “Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas e políticas públicas” (Edufba/Casa de Cultura Digital, 2012).

A aula magna 2022 é uma atividade oficial do PPGJOR e faz parte das celebrações dos 15 anos do programa. Criado em 2007, o PPGJOR UFSC surge da experiência bem sucedida de três décadas de formação de profissionais jornalistas no curso de Jornalismo, sendo um produto do amadurecimento desta área acadêmica na instituição, através de um contínuo investimento na formação docente, na produção científica e na criação da infra-estrutura necessária ao empreendimento.

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