A professora Fabiana Piccinin, do PPGJOR, foi selecionada para o Programa de Mobilidade para uma estadia como professora visitante na Faculdade de Comunicação da Universidade de Santiago de Compostela (USC), na Espanha. Fabiana esteve na USC  entre os dias 27 de outubro e 10 de novembro, sob convite e supervisão do professor Jorge Vázquez Herrero. Durante o período, a professora participou de diversas atividades acadêmicas, incluindo reuniões, mediação de eventos, aulas, palestras e encontros para planejamento de projetos conjuntos entre a universidade e o PPGJOR. 

Na sexta-feira, 31 de outubro, Fabiana mediou a palestra do professor Jorge para  a disciplina “Estudos e Tendências em Cibercultura”, organizada em rede pela JorTec — Rede de Pesquisa Aplicada em Jornalismo e Tecnologias, vinculada à Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), cujo tema foi “Tensiones a través de formatos y plataformas en el periodismo digital”.

Na quarta-feira, dia 05 de novembro, a professora apresentou a palestra intitulada “Perspectivas en la investigación de las narrativas y las plataformas” para o Grupo de Pesquisa Estudos de Novos Medios. Na oportunidade, tratou da trajetória de pesquisa que vem fazendo acerca das relações sobre a teoria da Narrativa e os conteúdos audiovisuais jornalísticos. Ainda apresentou os componentes do Grupo de Estudos sobre Narrativas Audiovisuais Jornalísticas (Genajor/CNPQ).  E na sexta-feira, dia 07, ministrou a aula “Narrativas en plataformas digitales: Una invitación para las audiencias de noticias televisivas” para a disciplina de Audiencias y consumos informativos, conduzida pela professora Ana Isabel Vázquez Rodríguez no mestrado em Comunicación y Periodismo.bNesse momento, discutiu a plataformização dos telejornais.

Após atividades na Espanha, Fabiana seguiu para Covilhã, em Portugal, onde participa do 7º Congresso Internacional de Jornalismo para Dispositivos Móveis e Inteligência Artificial (JDMI), de 13 a 14 de novembro, na Universidade da Beira Interior (UBI). No evento, a docente apresenta o trabalho “Plataformizar telejornal, editar para o algoritmo e seduzir o público: A narrativa do JN sobre a posse de Trump na plataforma X”, assinado com as orientandas de Iniciação Científica e pós-graduação Fernanda Zwirtes, Karin Konzen Franco, Nathaly Bittencourt e Yaskara Ferreira Pinto. O estudo integra as pesquisas desenvolvidas pela professora sobre narrativas plataformizadas no jornalismo audiovisual.

O professor aposentado Jorge Kanehide Ijuim, voluntário no PPGJOR/UFSC, participa do Encontro Interdisciplinar do Observatório de Sustentabilidade para a Vida, promovido pelos programas de pós-graduação da Universidade da Região de Joinville (Univille). O evento ocorreu nesta quarta-feira, dia 12 de novembro, e reuniu pesquisadores e pesquisadoras de diferentes áreas do conhecimento em painéis voltados à construção de marcos teórico-técnicos interdisciplinares.
Em sua participação, o professor abordou as pesquisas desenvolvidas no PPGJOR e as temáticas estudadas pelo Grupo de Estudos Jornalismo e Direitos Humanos (DHJor), que pertence ao Programa. Entre os pontos apresentados, o docente enfatiza a importância da produção de informação qualificada e o combate à desinformação como formas de atuar pela sustentabilidade para a vida.
Ijuim também discutiu como os debates sobre questões de gênero, étnico-raciais, infância e adolescência, população em situação de rua e violência psicológica contribuem para a construção de uma cultura de direitos humanos. “Esses esforços ajudam na elevação da dignidade humana, portanto, também são maneiras de almejar essa sustentabilidade”, afirma.
Mais informações sobre o encontro, que acontece entre os dias 11 e 13 de novembro, estão disponíveis no site oficial do Observatório de Sustentabilidade para a Vida.

A professora Terezinha Silva e a doutoranda Thais Araujo, integrantes do grupo de pesquisa Transverso, do PPGJOR/UFSC, acabam de publicar um capítulo em livro editado pela Dykinson, na Espanha, no qual analisam a utilização de fontes de informação em matérias jornalísticas sobre feminicídios. O estudo, intitulado “Las fuentes de información y el debate sobre la violencia de género: un estudio sobre cobertura periodística de feminicídios en Brasil”, foi apresentado e discutido originalmente no X Congresso Internacional Género y Comunicación, realizado no final de outubro em Cádiz, na Espanha.  Depois, foi ampliado, submetido e aprovado para a publicação no livro “Comunicación y Género en el siglo XXI”.
No trabalho, explicam as pesquisadoras, o objetivo foi aprofundar a reflexão sobre a presença e diversidade de fontes nas notícias sobre os crimes de feminicídio, e sobre o potencial das fontes utilizadas para estimular um debate e um aprendizado social sobre a violência de gênero através da cobertura da imprensa.  Elas partiram de um estudo mais amplo sobre a cobertura de feminicídios, realizado pelo grupo Transverso entre 2021 e 2023, e mostraram um mapeamento das fontes utilizadas em cobertura da Rede NSC, principal grupo de comunicação em Santa Catarina, entre os anos de 2015 e 2021, período da pesquisa do Transverso.
Elas lembram que a pesquisa do Transverso sobre a cobertura de feminicídios em Santa Catarina identificou um crescimento exponencial de notícias sobre estes crimes na imprensa, principalmente após 2018. Isso as levou a indagar se a maior visibilidade desses assassinatos foi sendo acompanhada por uma discussão mais aprofundada sobre a violência de gênero nas notícias divulgadas, potencializando assim um aprendizado social sobre as causas das violências de gênero e das  possibilidades de enfrentamento do problema.
A partir do mapeamento das fontes utilizadas, as pesquisadoras desenvolveram o argumento de que a ausência de fontes oriundas de movimentos feministas ou especialistas em violência de gênero nas notícias torna superficial, inexistente ou descontextualizado o tratamento da violência de gênero na cobertura sobre feminicídios.
“A visibilidade aos crimes é acompanhada pela invisibilidade de determinadas fontes de informação que são fundamentais para trazer ao debate público as raízes estruturais e os valores que estão na base da violência de gênero, assim como as ações públicas capazes de preveni-la e combatê-la”, apontam no trabalho. Para elas, não considerar estas outras fontes e continuar priorizando apenas a polícia compromete o potencial da cobertura jornalística e a contribuição que pode dar  para a mudança da cultura machista que produz estas violências.
A partir da pesquisa realizada pelo Transverso, em 2023 o grupo construiu uma lista de fontes especializadas em violência de gênero e temas relacionados, recentemente atualizada e que está acessível para consulta de jornalistas.

Docentes e discentes do PPGJOR participam, entre os dias 5 e 7 de novembro, do 23º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). O evento acontece na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, e tem como tema “O jornalismo diante das desigualdades e conflitos no Sul Global”.
O encontro, que se consolidou como um dos principais espaços de discussão científica sobre jornalismo no país, reúne pesquisadoras e pesquisadores de diversas regiões para compartilhar estudos, promover o diálogo entre diferentes perspectivas e o avanço da área. Na programação estão previstas conferências, mesas e sessões temáticas, reuniões de redes de pesquisa, lançamentos de livros e apresentações de trabalhos.
No lançamento de livros, os pesquisadores do Objethos – Observatório da Ética Jornalística, vinculado ao PPGJOR e ao Departamento de Jornalismo da UFSC, apresentam a obra “Jornalismo em transformação: crítica, valores, prática e epistemologia”. São 60 textos publicados entre 2020 e 2025 pelos integrantes do observatório, que tratam de temas como ética, crítica, transformações tecnológicas e valores do jornalismo contemporâneo. Já a Telejor, Rede de Pesquisa em Telejornalismo da SBPJor, lança o livro “Formatos e Inovação em Jornalismo Audiovisual” em que as professoras Fabiana Piccinin e Cárlida Emerim assinam, cada uma, um capítulo. A obra reúne pesquisas de diferentes universidades brasileiras sobre os novos formatos e desafios do telejornalismo contemporâneo e também será lançada durante o evento.
Entre as obras que integram a programação, também está “Narrativas midiáticas contemporâneas em disputa”, organizada por integrantes da Renami – Rede Nacional de Pesquisadores em Narrativas Midiáticas e publicada pela Editora Fi. O doutorando Luiz Henrique Zart, do PPGJOR, é um dos organizadores do livro, além de assinar um capítulo, realizar a revisão e participar da concepção da capa.
Professores, alunos e egressos do PPGJOR assinam diversos verbetes no livro “Dicionário Brasileiro de Narrativas Midiáticas”, que será lançado na ocasião. A professora Raquel Longhi contribui com os textos “Narrativas complexas”, “Narrativas imersivas”, “Narrativas longform” – este último em coautoria com Kérley Winques, doutora pelo PPGJOR – e “Narrativas jornalísticas plataformizadas – em conjunto com a docente Fabiana Piccinin. Fabiana também escreve o verbete “Narrativas audiovisuais plataformizadas”. Já os pesquisadores Lynara Ojeda, Criselli Montipó e Jorge Ijuim participam com o verbete “Direitos humanos”. Criselli é doutora pelo Programa e também assina “Justiça climática” com Myrian Lima, da UFPR. O dicionário ainda traz o verbete “Método da reportagem”, de autoria da egressa Magali Moser, e “Narrativas jornalístico-esportivas”, escrito pela professora Daiane Bertasso e o aluno Luiz Henrique Zart. A publicação traz perspectivas teóricas e empíricas sobre as diversas formas de narrar e evidencia, na participação de tantos alunos e professores, a diversidade das pesquisas vinculadas ao PPGJOR.
Além dos livros, durante o evento, os pesquisadores do Programa participam de mesas e sessões temáticas, com destaque para o PosJor – Seminário de Programas de Pós-Graduação em Jornalismo, que reúne coordenadores de programas de pós-graduação em Comunicação e Jornalismo de todo o país. O seminário é coordenado pela professora Fabiana Piccinin, que será representada pelo vice-coordenador Marcos Paulo da Silva, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).
Além disso, os professores Francisco José Karam (aposentado) e Rogério Christofoletti serão homenageados com o Prêmio Adelmo Genro Filho 2025, concedido pela SBPJor. Karam recebeu o prêmio na categoria Sênior em reconhecimento à trajetória acadêmica que traçou e às contribuições decisivas para a consolidação do jornalismo como campo científico. Enquanto isso, Christofoletti venceu como coordenador-geral do projeto Índice de Credibilidade Jornalística (ICJOR), na categoria Pesquisa Aplicada. A iniciativa, financiada pelo CNPq, reuniu pesquisadores de cinco universidades em diferentes regiões do país e desenvolveu um sistema de indicadores para mensurar a credibilidade de veículos de comunicação, em resposta à queda da confiança pública no jornalismo e ao avanço da desinformação.

Confira os trabalhos envolvendo integrantes do PPGJOR:

Título: Potencial desperdiçado: tensionamentos sobre a cobertura do marco temporal na Folha de S. Paulo
Autoria: Letícia Ferreira Bueno
Sessão: Jornalismo, narrativa e produção de sentido II

Título: Jornalismo de periferia, direitos humanos e decolonialidade: epistemologias insurgentes frente às desigualdades no Sul Global
Autoria: Joana Helena Kraemer
Sessão: Fundamentos teóricos do Jornalismo I

Título: Educação em direitos humanos para jornalistas: experiências no contexto universitário
Autoria: Isabel Colucci Coelho e Jorge Kanehide Ijuim
Sessão: Fundamentos teóricos do Jornalismo II

Título: A opinião do jornalismo em tempos de desinformação
Autoria: Ricardo Alves Chaves Pereira, Kalianny Bezerra de Medeiros e Renatha Giordani
Sessão: Jornalismo e política I
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As pesquisadoras Renatha Giordani, Maria Clara Moura, Kalianny Bezerra e o pesquisador Ricardo Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC (PPGJOR), assinam o capítulo “Rio Branco (AC) nas urnas: a força do bolsonarismo e as estratégias adotadas no HGPE na reeleição de Tião Bocalom”, publicado no livro “Eleições 2024: as disputas pelas capitais brasileiras na propaganda oficial de televisão”. A coletânea foi lançada em setembro de 2025 pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EdUEPB).
Organizado pelo Grupo de Pesquisa Comunicação Eleitoral (CEL), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (PPGCOM/UFPR), o livro reúne análises sobre o Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) nas campanhas para as prefeituras de todas as capitais brasileiras. A edição de 2024 contou com a participação de 62 pesquisadores de diferentes regiões do país, que analisaram as estratégias, discursos e representações presentes na propaganda eleitoral televisiva.
Coordenado pela professora Luciana Panke, o projeto vem sendo desenvolvido desde 2011 e é uma das principais iniciativas de pesquisa colaborativa sobre comunicação política e campanhas eleitorais no Brasil.
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