A Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (ALAIC) lançou a convocatória para a 11ª edição de sua Escola de Verão, evento que reúne estudantes de pós-graduação, professores e pesquisadores para discutir metodologias, inovação e pesquisa. Com o tema “Comunicação, cultura e feminismos na América Latina e no Caribe”, a iniciativa acontecerá de 28 de julho a 1º de agosto na Universidade da Costa Rica em parceria com a Universidade Autônoma da Cidade do México, a Universidade Externado da Colômbia e a Universidade Autônoma de Nuevo León. Para conhecer as regras, os eixos temáticos, o cronograma e as formas de participação, acesse a circular 1 do evento (https://drive.google.com/file/d/1qKbK8doNcPXy5x7YCiC922JqijhQ3lUI/view?usp=sharing) e faça a inscrição no formulário eletrônico (https://forms.gle/oxDsL4zkDjA1KW8b6). O prazo de recebimento de propostas vai até 15 de março, e os trabalhos aprovados serão conhecidos em abril. Estudantes e professores do PPGJOR já participaram de todas as edições desde a criação da Escola de Verão da Alaic.

A prestigiada Revista Investigaciones Feministas, da Espanha, publicou em sua última edição, artigo assinado pelas professoras Terezinha Silva e Daiane Bertasso, do PPGJOR/UFSC, no qual elas apresentam proposta metodológica para analisar a cobertura de feminicídios na imprensa a partir de uma perspectiva interseccional. No artigo, elas sistematizam e discutem o protocolo de análise de cobertura jornalística criado em 2021 no âmbito do projeto de pesquisa  “Os feminicídios em Santa Catarina e a cobertura jornalística: mapeamento de um problema público”, coordenado pela professora Terezinha Silva e desenvolvido entre 2021 e 2023 pelo grupo Transverso.  Uma versão preliminar do trabalho havia sido apresentada no Congresso da ALAIC (Associação Latinoamericana de Pesquisadores em Comunicação), em 2022. O protocolo para análise de cobertura de feminicídios tem sete eixos. Seis deles buscam registrar um conjunto de informações identificadas em matérias jornalísticas sobre crimes específicos noticiados pela imprensa; o outro registra informações das matérias que tratam da temática e não de um crime em particular. No artigo, as professoras avaliam que a análise permitiu perceber a potência do protocolo, com categorias que questionam sobre a existência ou não de uma perspectiva interseccional na cobertura de feminicídios nas mídias.  Ao mesmo tempo – explicam elas – a análise também foi desafiadora. Isso devido à grande ausência de informações sobre as possíveis relações interseccionais de poder nas matérias jornalísticas ou à complexidade em relação a quem são as fontes que estão declarando informações sobre raça, gênero e orientação sexual, por exemplo. A pesquisa realizada no período 2021-2023 teve apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina e financiamento da FAPESC – Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, através do edital de chamada pública No. 26/2020.

Acaba de ser publicado The Palgrave Handbook on Right-Wing Populism and Otherness in Global Perspective, livro organizado por Rogério Christofoletti, professor do PPGJOR, e por Rui Alexandre Novais (Universidade Católica Portuguesa) para a coleção Global Political Sociology da Palgrave-Macmillan, uma das editoras mais prestigiadas do mundo acadêmico. Com 489 páginas, o livro traz 23 capítulos abordando o fenômeno do populismo de extrema-direita nos Estados Unidos, Alemanha, México, Hungria, Polônia, Bielorrússia, Turquia, Itália, Espanha, Portugal e Brasil. Na coletânea, os autores ressaltam que – apesar das diferenças geográficas – existe uma característica fundamental para a recente ascensão de políticos populistas de direita e extrema direita em todo o mundo: eles se apoiam em conflitos excludentes e divisões morais, reforçando uma alteridade nociva, do tipo nós contra eles. No livro, os capítulos são divididos em duas partes: alteridade ascendente e descendente.  Na primeira, os populistas de extrema-direita se colocam contra um estamento mais alto, tendo como alvo as elites estabelecidas e seus aliados. No outro extremo, a alteridade descendente funciona quando os populistas rebaixam setores da sociedade, transformando-os em outsiders ou bodes expiatórios. Mais de 35 autores que pesquisam o tema assinam os capítulos, o que deu ao livro uma abordagem abrangente e multidisciplinar das expressões desse fenômeno que interessa, seduz e assusta a todos.

O doutorando Luiz Henrique Zart e a professora Rita de Cássia Romeiro Paulino, do PPGJOR, acabam de publicar o artigo “Desinformação em sala: percepções de estudantes de Jornalismo” no número anual da revista Linhas Críticas, editada pela Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB). O trabalho interpreta percepções de graduandos em Jornalismo de uma universidade da serra catarinense sobre desinformação.

A pesquisa, feita por meio da aplicação de formulário on-line, procura compreender de que forma os estudantes definem o fenômeno, como consomem informação e de que maneira percebem e interpretam a relação entre Jornalismo e desinformação. A partir de como os alunos se informam, o artigo indica de que forma isso pode se refletir na formação acadêmica de futuros jornalistas que, “imersos na dinâmica digital, se deparam com conteúdos distorcidos, enganosos, mentirosos ou desinformativos”.

Os pesquisadores apontam que é preciso desenvolver capacidade crítica, tratando da crítica midiática e do combate à desinformação, a serem estimulados nas universidades, na formação profissional: “com currículos que invistam na formação teórico-metodológica e epistemológico-reflexiva, não apenas prática, dos discentes”, ressaltam. O artigo, que pode ser acessado por este link (https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/51083), foi originalmente desenvolvido na disciplina “Tópicos Avançados em Conhecimento e Profissão: Jornalismo e Desinformação”, oferecida pelo professor Rogério Christofoletti e cursada por Zart em um semestre anterior.

O Colegiado do PPGJOR aprovou o calendário letivo do Programa para 2025. A decisão se deu em reunião ordinária, a partir da proposta feita pela Coordenação e Secretaria. O calendário leva em consideração as bases definidas pelo Conselho Universitário (CUn), com aulas presenciais a partir de 10 de março até 11 de julho. Já o segundo semestre tem início em 11 de agosto e se encerra em 12 de dezembro.

O calendário completo pode ser conferido aqui.