Programa de Pós-Graduação em Jornalismo

A Justiça Federal determinou a suspensão imediata do processo de avaliação dos programas de pós-graduação feito pela Capes. A decisão assinada pela juíza Andrea de Araujo Peixoto, da 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro, é provisória e concede liminar após pedido do Ministério Público Federal daquele estado.

Na ação civil pública, o MPF questiona os critérios usados na avaliação e pede a suspensão do processo até que a Capes apresente como são examinados milhares de cursos de Mestrado e  Doutorado no país. A juíza Andrea Peixoto deu 30 dias para que a agência preste esclarecimentos. Ontem, os sistemas de informática do processo já ficaram indisponíveis para os avaliadores. Ontem também o Senado aprovou requerimento de convocação da presidente da Capes Claudia Queda de Toledo.

A decisão de suspensão do processo de avaliação pegou de surpresa pesquisadores e associações científicas de todas as áreas. O clima é de incerteza, apreensão e frustração, já que a comunidade científica se prepara e espera com ansiedade o resultado desses processos para qualificar seus cursos e receber verbas de custeio.

O PPGJOR participará de reunião do Conselho da Associação dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) no próximo dia 29 que tratará da questão.

A SBPJor realiza amanhã, 24, mais uma live do ciclo SBPJor em Redes 2021, agora com o tema “Radiojornalismo, política e democracia”. Neste encontro, participam a professora da Universidade do Minho, Portugal, Madalena Oliveira, também vice-presidente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, o professor titular do Departamento de Jornalismo e Comunicação Global da Universidade Complutense de Madri, Manuel Fernández-Sande, que atualmente dirige a revista Estudios sobre el Mensaje Periodístico (Scopus), a professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Sonia Virginia Moreira, e o professor do curso de Jornalismo e do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiz Artur Ferraretto.

A mediação será feita pela professora do PPGJOR,  Valci Zuculoto, e do professor dos cursos de Jornalismo e de Rádio e TV da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Kischinhevsky.

A live é uma promoção da Rede de Pesquisa em Radiojornalismo (RadioJor) e será transmitida pelo canal no Youtube da SBPJor.

A comissão julgadora do concurso destinado à escolha do logotipo do grupo de pesquisa TRANSVERSO – Estudos em Jornalismo, Interesse Público e Crítica, do PPGJOR/UFSC, divulgou hoje, 22, o resultado da avaliação e o nome da vencedora. O logotipo vencedor foi o apresentado por Mariane Ventura. A comissão julgadora foi composta pelos professores do Departamento de Jornalismo Daiane Bertasso Ribeiro e Ildo Golfetto, e pela pós-doutoranda Fernanda Nascimento.

Quatro propostas de logotipo se inscreveram para o concurso e foram avaliadas conforme os critérios descritos no edital (item 8.2): criatividade, originalidade, pertinência, aplicabilidade, legibilidade e redutibilidade. A comissão julgadora escolheu a proposta vencedora considerando os itens dispostos nos tópicos 8 e 9 do edital. O tópico nove se refere aos direitos do Grupo de Pesquisa após a escolha do logotipo, principalmente ao “direito de efetuar adequações que forem necessárias para aplicação do logotipo vencedor”. A comissão decidiu validar este tópico, pois avaliou que o logotipo vencedor precisará de alguns pequenos ajustes para se adequar à identidade do Transverso. Por essa razão, a imagem só será divulgada após realizadas as adequações necessárias, em comum acordo com a autora do logotipo vencedor.

A autora do logotipo escolhido será premiada com um bônus no valor de R$ 450,00 para compra de livros de sua escolha na livraria Livros & Livros, além de uma sacola com livros novos doados por pesquisadores/as ligados/as ao grupo de pesquisa Transverso. Para todas as pessoas inscritas no concurso, o Grupo Transverso entregará certificado. A entrega da premiação do logotipo escolhido está prevista para a próxima sexta-feira (24/09), em horário e formato a ser combinado previamente com a vencedora, tendo em vista a realização de atividades em sistema remoto no âmbito da UFSC.

Começa amanhã, 23, e vai até o dia 25 o Seminário Internacional “Ecologia de Mídia no Contexto da Plataformização”, evento que discutirá novas dinâmicas do processo comunicacional contemporâneo. O seminário é online e tem organização dos grupos de pesquisa Conjor (UFOP) e R-EST (UFMG).

A pesquisadora portuguesa Janna Joceli Omena, do Center for Advanced Studies (CAIS), faz a conferência de abertura do evento, com participações dos pesquisadores Débora Cristina Lopez (UFOP/UFPR) e Carlos d`Andrea (UFMG). Na sexta, 24, às 15 horas, a professora do PPGJOR, Raquel Ritter Longhi, participa da mesa “Transformações do Jornalismo no contexto da nova ecologia midiática e plataformização” junto com Amanda Jurno (Grupo GAIA/R-EST), com moderação de Leonardo Melgaço (Uni-BH). O debate pode ser acompanhado neste link.

A programação completa pode ser conferida aqui.

A comunidade científica foi supreendida esta semana com a decisão da presidente da Capes, Claudia Mansani Queda de Toledo, de dissolver o Conselho Técnico Científico do Ensino Superior (CTC-ES). O órgão colegiado é a instância que define e regula o processo de avaliação da pós-graduação no Brasil. Alegando uma tecnicalidade jurídica, Queda de Toledo destituiu todos os vinte membros do conselho, aumentando ainda mais as tensões já existentes entre a cúpula da Capes e os representantes dos programas de pós.

Após a emissão da portaria que dissolve o CTC, seus ex-membros emitiram nota, manifestando preocupação sobre os rumos da avaliação. Associações científicas também se posicionaram contrárias à medida, como foi o caso da Associação Brasileira de Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) e Ancib, que representa programas da Ciência da Informação.

Em carta aberta à comunidade científica, Compós e Ancib consideraram a medida um gesto autoritário e que traz insegurança jurídica, pois permite a anulação de atos dos últimos anos. A dissolução do CTC “aprofunda a crise institucional já bastante avançada de cortes de verbas e bolsas, instabilidade administrativa e falta de normatização do processo de avaliação em andamento”, diz a carta da Compós e Ancib, que pedem “recondução proporcional dos membros do CTC-ES, em um processo democrático e de boa-fé que garanta a necessária continuidade ao processo avaliativo em curso”, e mais “transparência e princípios democráticos do processo de recondução do CTC-ES e manutenção integral das decisões do já decidido e executado pelo Colegiado, desde 2018, sem prejuízo aos processos em andamento”.

O PPGJOR é membro da Compós e apoia o documento.