Doutoranda defende tese sobre narrativas do jornalismo especializado em saúde

23/05/2018 16:00

A tese “Narrativas híbridas do científico e do popular no jornalismo especializado em saúde”, de autoria da doutoranda Amanda Souza de Miranda, sob orientação da professora Drª. Gislene da Silva, será defendida no dia 25 de maio, às 14h30, na Sala Machado de Assis – 407, Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). A pesquisadora é da primeira turma de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, que ingressou em agosto de 2014.

Amanda investigou rotinas e práticas produtivas do programa Bem Estar, exibido pela Rede Globo, e um conjunto de dez edições transmitidas desde o seu ano de estreia, em 2011. A partir de uma incursão etnográfica e tendo como base metodológica a análise da narrativa, ela estabeleceu categorias que permitem compreender o jornalismo especializado em saúde como um campo de hibridação de discursos e práticas científicas com os formatos populares, marcado por características do melodrama.

Além dos dados empíricos coletados no Brasil, a pesquisadora também entrevistou um produtor de séries da British Broadcasting Corporation (BBC) e três cientistas que participaram do programa Health: Truth or Scare, exibido pela mesma emissora, em abril de 2017. Esta etapa foi desenvolvida ao longo do período de doutorado-sanduíche, na Universidade de Leicester, na Inglaterra, sob supervisão do professor Julian Matthews. Ao cruzar os dados, a pesquisa reflete sobre como a hibridação na narrativa impacta, também, no universo profissional de jornalistas e de suas fontes.

O trabalho será avaliado pelas professoras Drª. Daisi Irmgard Vogel e Drª. Maria Terezinha da Silva, do PPGJOR, pela professora Drª. Rosana de Lima Soares, da Universidade de São Paulo, e pelo professor Dr. Elton Antunes, da Universidade Federal de Minas Gerais. A banca tem como membros suplentes o professor Dr. Jorge Ijuim, também do PPGJOR, e o professor Dr. Igor Sacramento, da Fiocruz.