Defesa de tese: “’Violência fascinante em vidas tão normais’: estigmatização e invisibilidade social na recepção de noticiários criminais”
A tese “‘Violência fascinante em vidas tão normais’: estigmatização e invisibilidade social na recepção de noticiários criminais”, de Hendryo André, será defendida no dia 29 de novembro, a partir das 14h. A sessão é aberta ao público e ocorrerá na sala 33 do Departamento de Jornalismo (sala de redação I) do Centro de Comunicação e Expressão (CCE/UFSC).
O estudo parte de dois objetivos centrais: compreender a construção e as apropriações de estereótipos na narrativa criminal a partir da estigmatização e da invisibilidade social e avaliar como os telespectadores negociam, reinterpretam e reelaboram sentidos aos conteúdos de segurança e violência. Para atingi-los, o pesquisador fez uma análise de conteúdo de quase 80 edições de dois noticiários criminais curitibanos: Tribuna da Massa, da Rede Massa/SBT, e Balanço Geral, da RICTV/Record e, a partir do monitoramento desses programas, selecionou e entrevistou 18 telespectadores assíduos que moram justamente nas três regiões onde mais crimes foram midiatizados. De acordo com o estudo, a vertente criminal emprega técnicas narrativas que valorizam a vida ao contrastá-la insistentemente com a morte. O jornalismo criminal, portanto, é capaz de produzir, nos espaços de recepção/mediação, experiências que sustentam princípios de conservadorismo e intolerância, pautadas pela família, religião e pela moral do trabalho.
O trabalho é orientado pela professora Daisi Vogel e a banca será composta pelas professoras convidadas Elza Oliveira Filha (UTFPR) e Kelly Prudencio (UFPR), além dos professores do PPGJOR Jorge Ijuim e Cárlida Emerin.
