Programa de Pós-Graduação em Jornalismo

A pesquisadora Janara Nicoletti, egressa do PPGJOR, é uma das participantes do debate “O trabalho d@ jornalista num cenário pós- pandemia”, às 16h de hoje, 23. O evento faz parte das lives da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) com as redes de pesquisa, e desta vez, é liderada pela Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade dos Jornalistas (Retij). A transmissão ao vivo será feita pelos canais da SBPJOR no YouTube e no Facebook.

Além de Janara, participam do encontro: Janaina Visibeli, professora na Universidade do Estado de Minas Gerais e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT/ECA/USP); Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Idelfonso Rodrigues, diretor de Redação do Diário do Nordeste, TV Diário e Rádio Verdes Mares, e Diretor de Operações do Sistema Verdes Mares; e Laércio Portela, editor e um dos fundadores do portal de jornalismo independente Marco Zero Conteúdo. O debate será mediado por Edgard Patrício, coordenador da Retij, do Grupo de pesquisa Práxis no Jornalismo e professor de graduação e pós-graduação na Universidade Federal do Ceará (UFC).

A edição de setembro da revista Sintaxis, da Universidad Anáhuac México, traz o artigo “Retos para la adopción de la transparência em la agenda de ética periodistica en la América Latina”, assinado pelo professor Rogério Christofoletti e sua orientanda, a mestranda Denise Becker.

Os autores analisaram cinco vetores de transparência em dez mercados jornalísticos da América Latina: a) presença de leis de informação; b) observatórios de imprensa; c) códigos de ética; d) ombudsman; e) projetos para promover a transparência. Entre os resultados, constataram pouco comprometimento dos países na adoção de instrumentos para tornar a mídia mais transparente. Observaram também a baixa presença da transparência como valor em códigos de ética, e apenas quatro países fizeram menção ao cargo de ombudsman no levantamento.

O artigo resulta de duas pesquisas desenvolvidas no PPGJOR: uma pesquisa coordenada por Christofoletti, com financiamento do CNPq, e a investigação de Denise Becker, bolsista Capes, sobre a transparência como valor e prática no Projeto Credibilidade.

Pesquisadores da comunicação e interessados na área têm um novo canal de notícias especializado, o site Comunicolog, criado pelo professor Cristiano Anunciação, egresso do mestrado no PPGJOR. O site foi lançado no início de setembro e reúne editais de concursos de professores, links para eventos, chamadas de textos para periódicos científicos, entre outros. “Temos interesse em todo e qualquer tipo de informação relacionada à área acadêmica de Comunicação”, informa o criador do site. “Também temos o objetivo de atuar na divulgação científica, seja facilitando o acesso a pesquisas realizadas nos PPGs para estudantes de graduação, mestrado e doutorado ou na publicação de entrevistas com pesquisadoras e pesquisadores da área na tentativa de conhecê-los melhor, saber o que estão investigando, destrinchar conceitos…”

Destaque recente é a entrevista com Taís Seibt, que recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Teses, recentemente. A seção de entrevistas é de responsabilidade do professor Andriolli Costa, outro egresso do PPGJOR.

Pesquisadores de 18 países passaram cinco anos estudando a diferença entre o que os jornalistas pensam de sua profissão e o que realizam em seu trabalho. Os resultados da primeira etapa do projeto internacional de pesquisa Journalistic Role Peformance (JRP Project) estão agora reunidos em livro, com análises aprofundadas do conjunto dos dados e dos aspectos teórico-metodológicos desse estudo comparativo realizado entre 2013 e 2019. “Beyond Journalistic Norms: Role Performance and News in Comparative Perspective”, sob a coordenação da professora da PUC Valparaíso (Chile), Claudia Mellado, foi editado pela Routledge e já está disponível no mercado. O professor Jacques Mick, do PPGJOR, assina três capítulos da obra com outros colegas.

O livro é resultado do trabalho e da cooperação de muitos investigadores e equipes de pesquisa de todos os continentes que participaram da primeira fase do projeto. No Brasil, foram analisados mais de 3 mil itens noticiosos de quatro diários (O Globo, O Estado de S.Paulo, Folha de S. Paulo e Zero Hora). Em seguida, quase 200 jornalistas que escreveram os itens analisados responderam a um questionário a respeito das funções, papeis ou finalidades do jornalismo. Isso se juntou a uma base de dados com mais de 33 mil itens noticiosos e quase 650 respondentes para compor um amplo panorama das diferenças nas culturas profissionais de jornalistas.

O projeto JRP está em sua segunda fase e, no Brasil, é realizado por pesquisadores dos programas de pós-graduação em Jornalismo e em Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O professor e doutor em Jornalismo pelo PPGJOR, William Robson Cordeiro, lança o seu livro “Hiperinfografia – A Visualização da Informação Jornalística Mais Sofisticada”, na edição 2020 do Congresso da SBPJOR. A obra destaca as transformações passadas pela visualização sintética no jornalismo, especialmente os infográficos, e propõe uma categoria de formato totalmente inédita. É o resultado de sua tese defendida em outubro de 2019,  que passa a compor a nova coleção da Editora Insular.

O livro tem 414 páginas é faz parte do segundo volume da série Novas Diretrizes, dirigida pelo professor Samuel Lima. “Hiperinfografia – A Visualização da Informação Jornalística Mais Sofisticada” tem prefácio da professora Raquel Ritter Longhi, que também foi a orientadora do autor no doutorado, e também integra o Selo Nephi-Jor, publicações do grupo Hipermídia e Linguagem/CNPq.

Neste livro, o hiperinfográfico é apresentado, definido e analisado de forma minuciosa, num trabalho de investigação que se vale de uma metodologia reunindo levantamento teórico, estudo de casos múltiplos e ainda um esquema de análise construído pelo próprio autor, a Matriz de Análise Hiperinfográfica, além de trazer entrevistas com importantes profissionais da área de visualização da informação tanto do Brasil, quanto da Europa e dos Estados Unidos.

“A rigor, a infografia não para de evoluir (e, talvez, nunca vai parar). Ao acompanharmos o seu ciclo de desenvolvimento retratado em estágios evolutivos, percebemos que a constatação quase unânime dos pesquisadores volta-se à dinamicidade do formato, ou seja, as mudanças ocorridas no gênero ao longo dos tempos. Da mesma maneira que o jornalismo enfrenta importantes transformações, sobretudo no contexto da internet, seus gêneros, a exemplo dos infográficos, não ficaram incólumes, mas também acompanharam o ritmo da evolução”, diz o autor da obra.

A orientadora e pesquisador Raquel Longhi ressalta a importância deste estudo para o campo: “Com este livro que o leitor tem em mãos, Cordeiro traz avanços. E o faz especialmente considerando o cenário contemporâneo de evolução e utilização das tecnologias que permitem maior imersão nos conteúdos jornalísticos, aí incluídas a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada”.