Programa de Pós-Graduação em Jornalismo

O PPGJOR vai contar com uma política própria que oriente ações inclusivas no programa. O objetivo é avançar no debate interno para que a pós-graduação seja um ambiente mais plural e aberto a camadas da sociedade ainda pouco ou nada representadas neste nível de educação. Por isso, no final de agosto, foi formada uma comissão de especialistas para avaliar a legislação vigente e as experiências bem-sucedidas na UFSC, e ainda propor bases para uma política interna de ações afirmativas.

Segundo o coordenador do PPGJOR, Rogério Christofoletti, o objetivo é que “esta comissão nos oriente a ter, até o final do ano, condições para prever cotas no edital de ingresso em 2021. Temos poucos alunos negros e com deficiência, e queremos garantir que o único programa de pós-graduação em jornalismo com mestrado e doutorado do país seja mais inclusivo para esses e outros grupos”.

A comissão é formada pelos professores Leslie Chaves e Ildo Golfetto – ambos do Departamento de Jornalismo -, Marcelo Tragtenberg – representante da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (SAAD) – e Jacques Mick (PPGJOR), pelos representantes discentes Jefferson de Sousa Moraes e Jessica Gustafson Costa, e pelo servidor técnico André Luiz (PPGJOR). Para compor a comissão, a coordenação recorreu a três critérios: representatividade, legitimidade e especialidade. “Reunimos gente com muito conhecimento no tema, pessoas alcançadas por ações afirmativas anteriores e sujeitos com longo envolvimento e trajetória em movimentos de inclusão”, completa Christofoletti.

No PPGJOR, mestrandos e doutorandos já realizaram debates sobre o tema. Entre os professores, há grande sensibilidade sobre a questão. No momento, a Comissão está definindo agenda para suas reuniões de trabalho.

O Programa de Pós-Graduação em Jornalismo deu início ao processo de recredenciamento de seus professores. O recredenciamento é uma etapa rotineira que acontece por períodos e que visa a acompanhar a atuação dos docentes no programa. Credenciado, um professor está autorizado a orientar mestrandos e/ou doutorandos, a desenvolver pesquisas e ministrar disciplinas no programa.

No processo de recredenciamento, os professores informam em que linhas de pesquisa que pretendem atuar no PPGJOR, por quanto tempo e o que produziram nos últimos anos. Uma comissão de especialistas é designada para analisar esses documentos e apresenta um parecer bem fundamentado ao Colegiado do programa. Após esta apreciação, os recredenciamentos são analisados por um comitê específico e pelo pleno da Câmara de Pós-Graduação da UFSC, que homologa os pedidos.

No PPGJOR, a expectativa é que os 16 professores do corpo docente apresentem seus pedidos até 30 de setembro. A resolução nº 06/PPGJOR/2020 é a principal legislação interna sobre o tema. Para avaliar os pedidos, foram designados três pesquisadores experientes e reconhecidos na área: as professoras Marcia Benetti Machado (UFRGS) e Dione Moura (UnB), e o professor Marcos Paulo da Siva (UFMS e presidente da SBPJOR).

Os atuais credenciamentos são válidos até 31 de dezembro. Iniciado dentro dos prazos regimentais, o processo vai permitir que os docentes tenham suas permissões de orientação, pesquisa e docência renovadas para 2021.

Terezinha Silva e Rogério Christofoletti assumem a coordenação do PPGJOR. Foto: Gislene Silva

O Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC está sob nova direção. A partir de hoje, 1º de março, e pelos próximos dois anos, assumem a coordenação os professores Rogério Christofoletti e Maria Terezinha da Silva. Eles foram eleitos de forma unânime em dezembro passado pelo Colegiado.

Christofoletti está no programa desde setembro de 2009 e já foi coordenador entre 2012 e 2014. Terezinha ingressou na UFSC em fevereiro de 2017.

A nova coordenação deve dar continuidade aos esforços de aperfeiçoamento do programa, iniciados pela gestão anterior (Cárlida Emerim e Rita Paulino), e tem como desafio liderar o PPGJOR na primeira avaliação quadrienal da pós-graduação feita pela Capes.