Pesquisa investiga perfil do jornalista brasileiro

01/03/2021 09:44

Pesquisadores da Rede de Estudos sobre Trabalho e Identidade dos Jornalistas (RETIJ), vinculada à Associação Nacional dos Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR), e dos programas de pós-graduação em Sociologia e Ciência Política (PPGSP) e em Jornalismo (PPGJOR) iniciam neste mês uma ampla investigação que vai determinar o perfil do jornalista brasileiro. O estudo pretende atualizar o levantamento de 2012, que foi o mais amplo já feito no país sobre o tema.

Os dados de 2012 detalham características demográficas, políticas e de trabalho dos três segmentos principais da categoria: na mídia, fora da mídia e em docência. Para fins comparativos, boa parte do questionário de pesquisa será mantido, mas podem haver mudanças e a inclusão de novos blocos de questões.

A primeira pesquisa foi respondida por 2.731 jornalistas, de todas as Unidades da Federação (estudo por amostragem, com 95% de grau de confiança e margem de erro inferior a 2%). Foi possível observar diversas constatações importantes sobre quem é o jornalista brasileiro, como a predominância feminina (64% da categoria), apesar da maior parcela de homens nos cargos de chefia.

Além de atualizar esses dados, o estudo de 2021 pretende ir além. O objetivo é contribuir com, pelo menos, três novos temas de enorme importância para a categoria profissional: a precarização do trabalho jornalístico; as condições de saúde laboral; os efeitos das inovações tecnológicas nos saberes e fazeres da profissão.

A pesquisa conta com o apoio institucional das seguintes entidades: Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Profissão Jornalista (APJor), Associação Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR) e Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo (ABEJ). Conta ainda com o apoio, na divulgação e mobilização da rede de respondentes, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM).

O site da pesquisa “Perfil do Jornalista Brasileiro 2021: características sociodemográficas, políticas, de saúde e do trabalho” pode ser acessado aqui.

Mestrandos e doutorandos do PPGJOR e os professores Jacques Mick e Rogério Christofoletti fazem parte da equipe de pesquisa, coordenada pelo também professor Samuel Lima.

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Egressa e doutoranda publicam artigo na revista Alterjor

04/02/2021 12:31

A primeira edição de 2021 da revista Alterjor, da Universidade de São Paulo (USP), acaba de ser publicada e traz um artigo de pesquisadoras do PPGJOR. “Um relato de experiência do Projeto Elas SobreOTatame: impactos de um ciberativismo feminista” é assinado pela doutora Ingrid Pereira de Assis, egressa do programa, e pela doutoranda Juliana Gobbi Betti, ao lado das jornalistas e pesquisadoras Larissa Silva Abreu (UFMA) e Joceline Conrado da Silva (PUC-PR).

O artigo relata pesquisa com as participantes dos eventos ocorridos em 2019 no Projeto SobreOTatame, e o objetivo foi compreender os impactos da iniciativa na vida dessas mulheres. Foi aplicada uma entrevista semiestruturada para perceber a compreensão da emancipação, autonomia e formação de conhecimento acerca das temáticas abordadas.

O volume 23 número 1 da revista, com um dossiê sobre jornalismo popular e alternativo, pode ser acessado aqui na íntegra.

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Karina Woehl de Farias defende tese sobre migração do AM ao FM no rádio catarinense

14/12/2020 11:32

A doutoranda Karina Woehl de Farias defende a tese: “Do AM para o FM: adaptações do radiojornalismo na migração de dial em Santa Catarina”. No formato online, a banca ocorre amanhã, 15. O trabalho é a primeira tese de doutorado em radiojornalismo do PPGJOR/UFSC.

A pesquisa discute um dos principais fenômenos do meio na atualidade e reflete as transformações e continuidades na programação radiojornalística com a troca de dial, com o olhar para Santa Catarina. O estudo aponta caminhos e tendências do rádio, que agora transfere-se para o FM.

A tese orientada pela professora Valci Mousquer Zuculoto e terá como banca avaliadora os professores Nair Prata (UFOP), Eduardo Meditsch (UFSC) e Cárlida Emerim (UFSC).

A sessão inicia às 15 horas, via plataforma Conferência Web, e pode ser acessada neste link. Mestrandos e doutorandos do Programa poderão assinar a lista de presença aqui.

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Jessica Gustafson vence o Prêmio Francisco Morel, da Intercom

09/12/2020 19:16

A doutoranda do PPGJOR Jessica Gustafson Costa venceu a edição 2020 do Prêmio Francisco Morel concedido pela Intercom. O prêmio destaca pesquisas de mestrado, apresentadas nos grupos de pesquisa da entidade durante seu encontro anual. Jessica era uma das três finalistas e venceu com o trabalho “Conhecimentos Localizados no Jornalismo: Uma proposta de sentido de objetividade que potencialize os projetos feministas”. O anúncio foi feito na noite de hoje, 9, durante o 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado pela internet com organização da UFBA.

“É com muita alegria que recebo o prêmio Francisco Morel, da Intercom, evento que participo sempre e que tem um importante papel na minha formação como pesquisadora, sempre possibilitando que nossos trabalhos sejam debatidos junto aos colegas, promovendo novas e boas reflexões”, disse. “Fico ainda mais feliz por ser especificamente esse artigo, que trata sobre a construção de uma perspectiva feminista dentro do jornalismo, reconhecendo a importância da articulação entre as teorias do campo e os estudos de gênero”.

Jessica concluiu seu mestrado em junho de 2018, quando foi orientada pela professora Daiane Bertasso Ribeiro. No mesmo ano, ingressou no doutorado, onde permanece pesquisando. Em 2019, ela lançou o livro “Jornalistas e Feministas: a construção da perspectiva de gênero no jornalismo” (Ed. Insular). Atualmente, Jessica Gustafson Costa é também professora substituta no Departamento de Jornalismo da UFSC.

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Egresso do PPGJOR lança livro que cria nova categoria de infográficos

16/10/2020 08:11

O professor e doutor em Jornalismo pelo PPGJOR, William Robson Cordeiro, lança o seu livro “Hiperinfografia – A Visualização da Informação Jornalística Mais Sofisticada”, na edição 2020 do Congresso da SBPJOR. A obra destaca as transformações passadas pela visualização sintética no jornalismo, especialmente os infográficos, e propõe uma categoria de formato totalmente inédita. É o resultado de sua tese defendida em outubro de 2019,  que passa a compor a nova coleção da Editora Insular.

O livro tem 414 páginas é faz parte do segundo volume da série Novas Diretrizes, dirigida pelo professor Samuel Lima. “Hiperinfografia – A Visualização da Informação Jornalística Mais Sofisticada” tem prefácio da professora Raquel Ritter Longhi, que também foi a orientadora do autor no doutorado, e também integra o Selo Nephi-Jor, publicações do grupo Hipermídia e Linguagem/CNPq.

Neste livro, o hiperinfográfico é apresentado, definido e analisado de forma minuciosa, num trabalho de investigação que se vale de uma metodologia reunindo levantamento teórico, estudo de casos múltiplos e ainda um esquema de análise construído pelo próprio autor, a Matriz de Análise Hiperinfográfica, além de trazer entrevistas com importantes profissionais da área de visualização da informação tanto do Brasil, quanto da Europa e dos Estados Unidos.

“A rigor, a infografia não para de evoluir (e, talvez, nunca vai parar). Ao acompanharmos o seu ciclo de desenvolvimento retratado em estágios evolutivos, percebemos que a constatação quase unânime dos pesquisadores volta-se à dinamicidade do formato, ou seja, as mudanças ocorridas no gênero ao longo dos tempos. Da mesma maneira que o jornalismo enfrenta importantes transformações, sobretudo no contexto da internet, seus gêneros, a exemplo dos infográficos, não ficaram incólumes, mas também acompanharam o ritmo da evolução”, diz o autor da obra.

A orientadora e pesquisador Raquel Longhi ressalta a importância deste estudo para o campo: “Com este livro que o leitor tem em mãos, Cordeiro traz avanços. E o faz especialmente considerando o cenário contemporâneo de evolução e utilização das tecnologias que permitem maior imersão nos conteúdos jornalísticos, aí incluídas a Realidade Virtual e a Realidade Aumentada”.

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