Gabriela Grillo defende dissertação que aborda a relação entre emoções e a epistemologia do jornalismo

28/07/2022 22:13

A mestranda Gabriela Bregolin Grillo defende a dissertação “Entre conhecer e sentir: proposta de uma agenda de investigação em emoções e jornalismo” nesta sexta-feira, 29 de julho. A banca de avaliação da pesquisa é composta pela professora Daiane Bertasso Ribeiro, do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, e pela professora Marcia Veiga da Silva. A defesa ocorre de forma remota a partir das 14h e pode ser assistida pelo link: https://meet.jit.si/SemPatrao

A pesquisa foi produzida sob orientação do professor Jacques Mick e procura servir de ponto de partida a uma agenda de investigação sobre jornalismo e emoções no Brasil, indagando quais questões e dilemas atuais no campo uma teoria do jornalismo como forma emocional de conhecimento seria capaz de responder. São identificados temas proeminentes nos estudos que abordam a relação entre jornalismo e emoções, e estes temas são, então, articulados na forma de questões que podem orientar o desenvolvimento de uma teoria voltada para a compreensão de como as emoções atravessam a forma de conhecer do jornalismo.

A discussão desenvolvida parte de uma reflexão sobre as relações de saber-poder que historicamente formaram o jornalismo e tem como horizonte teórico ao olhar para a epistemologia do jornalismo as críticas feitas por estudos decoloniais e feministas ao modo de produção de saber na modernidade. Como resultado, a pesquisa propõe a expansão dos limites epistemológicos do Jornalismo para compreender a emoção, seus efeitos e seu potencial comunicativo num cenário de constante transformação e de fragilidade de alguns paradigmas jornalísticos.

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Ricardo Leite defende dissertação sobre representação de imigrantes venezuelanos no Jornal Nacional

28/04/2022 14:04

Amanhã, sexta-feira (29), a partir das 14 horas, o mestrando Ricardo Leite defende a dissertação “Representações de imigrantes venezuelanos no Jornal Nacional”. A pesquisa é orientada pela professora Maria Terezinha da Silva e terá na banca avaliadora as professoras Paula de Souza Paes da Universidade Federal da Paraíba e Liliane Dutra Brignol da Universidade Federal de Santa Maria.

A pesquisa objetiva compreender de que forma os imigrantes venezuelanos são retratados nas matérias do Jornal Nacional e quais as representações fornecidas sobre esse grupo social no noticiário brasileiro. A partir do conceito operador de representação do sociólogo Stuart Hall, analisamos as relações do jornalismo com as representações que este coloca em circulação sobre esse grupo social, refletindo sobre as possibilidades de modificação da realidade social dos imigrantes. Consideramos que um dos papéis do jornalismo pode ser o de facilitar o acolhimento dos cidadãos imigrantes na sociedade brasileira, dentro da premissa da defesa dos direitos humanos.

Os resultados da pesquisa permitem argumentar que a cobertura do Jornal Nacional sobre os cidadãos venezuelanos que migraram para o Brasil nos últimos anos concentra-se em poucos aspectos da conjuntura que envolve essa movimentação. O telejornal pouco aprofunda a situação dos imigrantes ou de seu país. Quando o jornalismo singulariza em excesso o tema da notícia, deixando de considerá-lo multifacetado, ele não contribui para uma mudança positiva na vida desses cidadãos. A pesquisa, portanto, reflete também sobre de que maneira pode-se tratar a alteridade dentro do jornalismo, não com base em estereótipos e na exotização da diferença, mas na valorização da multiplicidade e do potencial que há no contato entre culturas, ideias e pessoas.

A defesa ocorrerá por videoconferência, respeitando as normas de distanciamento físico, e pode ser acompanhada por este link.

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Olga Lopes defende dissertação sobre personalização em visualização de dados

16/02/2022 08:07

A mestranda Olga Clarindo Lopes defende amanhã, quinta-feira (17), às 14 horas, a dissertação “Estratégias de familiarização e autorreflexão em visualizações de dados interativas”, produzida sob orientação da professora Rita de Cássia Romeiro Paulino.

A pesquisa buscou observar as estratégias argumentativas empregadas em narrativas de dados que utilizam recursos interativos de personalização. Para entender como essa customização vem sendo aplicada foi realizada uma análise de conteúdo de caráter exploratório de uma amostra de 40 narrativas que empregam visualizações de dados interativas. As datavis analisadas foram publicadas entre 2018 e 2020 e coletadas no boletim semanal Data Journalism Top 10, organizado pela Global Investigative Journalism Network, e no levantamento mensal do blog Visualising Data.

O trabalho está dividido em três capítulos. No primeiro, discute-se a utilização da visualização da informação e os processos de significação e construção de conhecimento no jornalismo de dados a partir dos estudos de abordagens narrativas e das técnicas retóricas aplicadas à visualização de dados. O segundo capítulo explora a discussão sobre personalização no campo da interação usuário/conteúdo, examinando como esses recursos são utilizados em modalidades de artigos interativos como os Newsgames e as Explicações Exploráveis. Já o terceiro capítulo delineia os procedimentos de coleta dos dados e os instrumentos de investigação da pesquisa.

Com a análise foi possível averiguar uma prevalência do uso conjunto de mais de um tipo de controle de registro de opções feitas pelos usuários, a implementação de ciclos de realimentação rápidos em resposta a essas interações e padrões narrativos ligados a aproximação geográfica e demográfica, que permitem aos leitores identificar indivíduos que compartilham características semelhantes às deles.

Compõem a banca examinadora da pesquisa a professora do PPGJOR Stefanie Carlan da Silveira e o avaliador externo Rodrigo do Espírito Santo da Cunha (UFPE). A defesa ocorrerá por videoconferência, respeitando as normas de distanciamento físico, e pode ser acompanhada por este link. Estudantes do PPGJOR podem registrar sua presença aqui.

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Rafael Winch defende tese sobre posições de fala de pessoas pobres no jornalismo

18/12/2021 08:30

O doutorando Rafael Rangel Winch defende na próxima segunda-feira (20), às 14 horas, a tese “Jornalismo e pobreza: lugares para as fontes de classes populares e desigualdade social naturalizada”. A pesquisa tem a orientação da professora Daiane Bertasso.

A tese quer compreender como o discurso jornalístico sobre a pobreza valora as vozes das fontes de classes populares. Para tanto, o doutorando parte da hipótese de que o jornalismo situa as vozes das pessoas pobres em posições que naturalizam a desigualdade social. Com base na noção de valoração das vozes, processo que estabelece lugares para diferentes atores do campo jornalístico, Rafael mapeia e discute as posições que as pessoas em situação de pobreza ocupam em reportagens dos programas televisivos Câmera Record, Caminhos da Reportagem e Profissão Repórter.

Os resultados da análise sinalizam uma valoração das vozes que preponderantemente cede para as pessoas pobres lugares relacionados à descrição, ilustração e lamentação e interdita espaços vinculados à opinião, proposição e saber. Tal processo é altamente emocional e corrobora uma construção discursiva em que o jornalismo naturaliza questões estruturais em torno da desigualdade social brasileira.

Compõem a banca examinadora da pesquisa a professora do PPGJOR Terezinha Silva e as avaliadoras externas Débora Thayane de Oliveira Lapa Gadret (Unisinos) e Márcia Franz Amaral (UFSM). A defesa ocorrerá por videoconferência, respeitando as normas de distanciamento físico, e pode ser acompanhada por este link.

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Janaíne Kronbauer defende tese sobre socialização de conhecimentos pelo jornalismo

16/12/2021 14:12

Amanhã, sexta-feira (17), a partir das 14h30, a doutoranda do PPGJOR, Janaíne Kronbauer defende a tese intitulada “A socialização de conhecimentos pelo jornalismo: afinidades e diferenças com as práticas pedagógicas do ensino formal”. A banca de avaliação é composta pelo professor emérito da Unisinos e atualmente professor visitante da Universidade Federal de Goiás José Luiz Braga e pelos professores do PPGJOR Daiane Bertasso e Samuel Pantoja Lima. A pesquisa foi orientada pelo professor Eduardo Meditsch.

Organizada em cinco capítulos, a tese apresenta concepções teóricas sobre o conhecimento, sua socialização, as fases de desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem por parte dos sujeitos. A seguir, avança na descrição de seis categorias escolhidas para a análise do objeto: contrato comunicativo, sistemas peritos, autoridade atribuída, dispositivos e formatos, conhecimentos sobre os auditórios e finalidades da socialização. Com perfil qualitativo, o estudo utiliza-se de entrevistas semiestruturadas com especialistas nas áreas da comunicação/jornalismo e da educação para estabelecer quadros comparativos sobre as práticas de socialização de conhecimentos operadas pelas agências do ensino formal e do jornalismo.

Apesar das afinidades identificadas, destaca-se o distanciamento quanto ao conhecimento sobre o perfil dos auditórios vinculados ao jornalismo e ao ensino formal. Quanto às finalidades da socialização, mesmo havendo características compartilhadas entre as agências é preciso relativizá-las, uma vez que o propósito final do jornalismo não se vincula a fins específicos de aprendizagem, como no caso do ensino formal.

Respeitando os protocolos de restrição impostos pela pandemia de Covid-19, a sessão de defesa da tese será remota. É possível acompanhá-la por meio deste link. Discentes do PPGJOR podem registrar sua presença aqui.

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