Programa de Pós-Graduação em Jornalismo

A tese “Mediações algorítmicas e espiral do silêncio: as dimensões estruturantes igreja e sindicato na recepção de conteúdos noticiosos em plataformas digitais”, defendida por Kérley Winques em 2020 no PPGJOR, recebeu menção honrosa no Prêmio Compós de Teses e Dissertações deste ano. Os resultados foram anunciados hoje, 24, à tarde, pelo diretor científico, Osmar Gonçalves, e pelo Secretário Geral da entidade, Eneus Trindade.

A tese vencedora foi “Cenas de dissenso, arranjos disposicionais e experiências insurgentes: processos comunicativos e políticos em torno da resistência de estudantes secundaristas”, de Francine Altherman, orientada pela professora Ângela Cristina Salgueiro Marques na UFMG. Além de Kérley, outra pesquisadora recebeu menção honrosa na mesma categoria: Daniela Muzi, autora de “YouTube-se: rastreando as mediações sociotécnicas na circulação de documentários sobre violência obstétrica”, orientada por Janine Miranda Cardoso, da FioCruz.

Na categoria dissertação, Fernanda Espínola Paraguassu De Sá venceu com “Narrativas de Infâncias Refugiadas: a criança como protagonista da própria história”, trabalho orientado por Mohammed Elhajji na UFRJ. Duas outras dissertações tiveram menções honrosas: “As rugas que irrompem na superfície lisa da história: as formas clandestinas de informação nas décadas de 60/70 em Juiz de Fora”, de Ramsés Albertoni Barbosa, orientado por Christina Ferraz Musse (UFJF), e “eHEALTH LITERACY ENTRE JOVENS: estudo exploratório sobre o papel das condições socioeconômicas no uso da informação sobre saúde na Internet”, de Nicole Fajardo Maranha Leão de Souza, orientanda de André de Faria Pereira Neto (FioCruz).

“Vivemos tempos em que o jornalismo e a universidade pública são atacados constantemente, muitos dos ataques são formados por grupos que utilizam as plataformas e os mecanismos algorítmicos para semear a intolerância. A menção honrosa é um reconhecimento, é um chamado para um tema que precisa ser enfrentado, sobretudo, no campo jornalístico. Além disso, é importante frisar que todas as indicações apontam para o reconhecimento ao conhecimento produzido na universidade pública”, comentou Kérley.

O PPGJOR parabeniza Kérley Winques e sua orientadora, a professora Raquel Ritter Longhi, pelo reconhecimento. Egressa do programa, Kérley mantém laços participando do NephiJor, seu grupo de pesquisa.

O 9º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica) terá a participação de pesquisadoras e pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Jornalismo da UFSC. O evento acontece de hoje, 24, a sexta, 28 de maio.

No dia 25 de maio, o doutorando Marisvaldo Lima apresenta o trabalho intitulado “Um olhar sobre a comunicação do Estado acerca da proposta de abertura comercial da Base de Alcântara”. O estudo investiga estratégias discursivas da comunicação do governo brasileiro em materiais informativos sobre o acordo tecnológico assinado com os Estados Unidos. A apresentação acontece na sessão 1 do Grupo de Trabalho Comunicação Pública Institucional, que acontece das 14 às 17h. Este GT tem a coordenação do professor Carlos Locatelli, do PPGJOR.

No mesmo dia e horário, na sessão 2 do Grupo de Trabalho Jornalismo Político, a professora Terezinha Silva, a doutoranda Gabriela Almeida, os mestrandos Thaís Araújo e Ricardo Borges Leite apresentam a comunicação “A cobertura jornalística da posse de Jair Bolsonaro nos portais G1 e UOL”. O trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla sobre a posse de Jair Bolsonaro na cobertura realizada por diferentes mídias. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Grupo de pesquisa Transverso – Estudos em Jornalismo, Interesse Público e Crítica, com coordenação também das professoras Daiane Bertasso e Gislene Silva.

O Congresso deste ano tem como tema “Democracia e Opinião Pública em tempos de fake news” e é uma edição comemorativa aos 15 anos da Associação. Toda a programação pode ser conferida aqui.

O livro “Diário da Quarentena: a pandemia de Covid-19 como acontecimento” será lançado amanhã, 20, às 14 horas. É o resultado de reflexões e produções realizadas no âmbito do GrisLab (Laboratório de Análise de Acontecimentos) – um projeto de pesquisa e extensão desenvolvido desde 2013 pelo Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS/UFMG), com a participação de colaboradoras(es) de diferentes instituições do país. De março a setembro de 2020, o Grislab se dedicou a acompanhar, discutir e analisar a pandemia enquanto acontecimento que tem afetado diariamente diferentes aspectos da vida social e que, no Brasil, já supera a trágica marca de 437 mil mortos.

A professora do PPGJOR/UFSC e líder do Grupo de Pesquisa TRANSVERSO – Estudos em Jornalismo, Interesse Público e Crítica, Terezinha Silva, é uma das organizadoras do “Diário da Pandemia”, junto com Vera França, Paula Simões, Fabíola Souza e Samuel Silveira, do PPGCOM/UFMG. A professora é uma das fundadoras do GrisLab, criado em 2013. O livro tem ainda análises produzidas pela mestranda do PPGJOR Thaís Araújo e pela graduanda Maria Helena de Pinho, bolsista de Iniciação Científica em projeto de pesquisa sobre acontecimentos, ambas orientadas pela professora Terezinha Silva.

O “Diário da Quarentena” é editado pelo selo PPGCOM/UFMG.

A mesa de lançamento será realizada de forma online, através de uma transmissão ao vivo no Youtube. Contará com a presença da Professora Isabel Babo (Universidade Lusófona do Porto), que assina a apresentação do livro, do professor André Duarte (UFPR) e mediação da professora Vera França (UFMG). Após o lançamento, o livro digital poderá ser baixado de forma gratuita no site do Selo PPGCOM.

Começa hoje, 18, em sistema remoto, a 6ª edição do Congresso Internacional de Ética da Comunicação. O evento reúne pesquisadores de todas as partes para conferências, mesas de discussão e apresentação de pesquisas. Realizado a cada dois anos, o congresso teve suas cinco primeiras edições sediadas na Universidad de Sevilla e, neste ano, foi organizada pela Universidad Complutense de Madrid.

Em 2021, o tema do evento é “Comunicando o essencial na esfera pública: a ética e a deontologia como garantia da função social da mídia e seus profissionais”. O professor Rogério Christofoletti e os doutorandos Dairan Paul e Kalianny Bezerra de Medeiros, pesquisadores do PPGJOR, participam do congresso, apresentando amanhã, 19, o trabalho “Transparência, Credibilidade e Qualidade na visão dos jornalistas brasileiros”, resultado de pesquisas na área. A doutoranda Lynara Ojeda e a egressa Criselli Montipó participam da mesma mesa, com o trabalho “A interseccionalidade como componente ético-epistemológico no ensino de jornalismo sobre direitos humanos.”

O evento pode ser acompanhado em tempo real pelo canal do evento no YouTube.

Um artigo com resultados do projeto de pesquisa Journalistic Role Performance, realizado no Brasil pela Universidade Federal de Santa Catarina, recebeu menção honrosa no prêmio Wolfgang Donsbach de artigo acadêmico de excelência, concedido anualmente pela divisão de estudos de jornalismo da Associação Internacional de Comunicação (ICA – International Communication Association).

“Investigating the Gap between Newspaper Journalists’ Role Conceptions and Role Performance in Nine European, Asian, and Latin American Countries” foi publicado em abril de 2020 no International Journal of Press/Politics. Liderado pela coordenadora do projeto, a pesquisadora chilena Claudia Mellado, o artigo é também assinado pelos líderes nacionais de pesquisa Cornelia Mothes (Alemanha), Daniel C. Hallin (Estados Unidos), María Luisa Humanes (Espanha), Maria Lauber (Suíça), Jacques Mick (Brasil), Henry Silke (Irlanda), Colin Sparks (Hong Kong), Adriana Amado (Argentina), Sergey Davydov (Rússia) e Dasniel Olivera (Cuba).

Foram inscritos 26 papers para o prêmio, um recorde, e o vencedor será anunciado na conferência online da ICA, de 27 a 31 de maio. O comitê de premiação afirmou que o artigo, “por meio de uma avaliação sofisticada, demonstra como as concepções de papéis profissionais convergem ou divergem da prática, descobrindo que as diferenças geralmente têm mais a ver com a orientação para o mercado [das mídias jornalísticas] do que com as diferenças em nível nacional”.

A equipe brasileira, coordenada pelo professor Mick, é formada pelas estudantes de doutorado em Jornalismo Andressa Kikuti Dancosky, Lynara Ojeda e Tatiane Queiroz e as mestrandas Olga Lopes e Natália Paris. Também atua na equipe brasileira a doutoranda em Sociologia pela UFSC Raíssa Turci.

O artigo está disponível aqui: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1940161220910106