PPGJOR terá política de ações afirmativas

17/12/2020 08:42

O Colegiado do PPGJOR aprovou em sua última reunião do ano, dia 7, o relatório encaminhado pela comissão formada para fazer estudos legais e de viabilidade para adoção de ações afirmativas no programa. Designada em agosto, a comissão foi presidida pelo professor Jacques Mick e formada ainda pelos professores Marcelo Tragtenberg (Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades, SAAD/UFSC), Leslie Chaves e Ildo Golfetto (ambos do Departamento de Jornalismo), pela doutoranda Jéssica Gustafson Costa, pelo mestrando Jefferson de Sousa Moraes e pelo servidor Técnico-Administrativo em Educação André Luiz.

Os membros da comissão foram especialmente escolhidos por seus conhecimentos e especialidades no tema, por terem sido alcançados por políticas inclusivas, e por suas trajetórias pessoais de envolvimento com movimentos sociais e identitários. A comissão discutiu por três meses, analisando legislação, condições locais de implementação, e casos bem-sucedidos na universidade. Acompanhada pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC, a Comissão trabalhou num momento muito oportuno, já que a comunidade universitária estava especialmente envolvida nessas discussões. No final de outubro, por exemplo, o Conselho Universitário da UFSC aprovou por unanimidade a minuta de resolução criando a Política de Ações Afirmativas para negros, indígenas, pessoas com deficiência e outras categorias de vulnerabilidade social nos cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado). Fora do ambiente acadêmico, o ambiente é também muito propício e receptivo: 59% dos brasileiros são a favor de cotas nas universidades públicas, conforme pesquisa do Poder360.

Em seu relatório, a comissão sugere que o PPGJOR reserve até a metade das vagas anuais abertas no programa em seu processo seletivo para ações afirmativas, sendo 30% para estudantes negros (pretos e pardos) e indígenas, assegurada uma vaga a indígena (caso haja candidatos), e 20% para pessoas com deficiência, quilombolas, pessoas transexuais ou travestis, refugiados, apátridas, portadores ou solicitantes de visto humanitário, sendo 8% para pessoas com deficiência e assegurada uma vaga para cada um dos três outros grupos (caso haja candidatos). O relatório recomenda ainda ajustes nos editais do PPGJOR, capacitação do corpo docente, formulação de estratégias de acolhimento e até adaptação física às novas necessidades, entre outros aspectos. Para contribuir, a comissão ainda ofereceu sugestões de minutas para o edital de processo seletivo do Programa.

A comissão concluiu seu relatório num dia simbólico – 20 de novembro, data que marca a celebração da consciência negra -, e o Colegiado do PPGJOR aprovou por unanimidade o trabalho dos especialistas. Durante a reunião, o presidente da comissão, Jacques Mick, ressaltou que a adoção de ações afirmativas vai ser um dos maiores desafios da história do PPGJOR. No relatório, a comissão considerou: “Não apenas estamos certos da disposição e da capacidade da comunidade do programa de acolher e implantar tal política, como acreditamos na contribuição desse tipo de iniciativa para minorar, no que está ao nosso alcance, a imensa e inaceitável desigualdade social brasileira”.

Com as recomendações do relatório, a Coordenação do PPGJOR vai preparar uma proposta de política interna para ações afirmativas, que deve ser apreciada pelo Colegiado já na primeira reunião do próximo ano. “Pretendemos aprovar este documento e um edital com novas regras para que o processo seletivo de 2021 seja mais inclusivo ainda”, completa o coordenador do Programa, Rogério Christofoletti.

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Pesquisadoras participam do simpósio da ABCiber

16/12/2020 08:55
Três pós-graduandas do PPGJOR participam nesta semana, apresentando trabalhos no 13º Simpósio da ABCiber, que vai de hoje, 16, a 19 de dezembro. A mestranda Natasha Ramos estará amanhã, 17, da mesa “Economia colaborativa, economia do compartilhamento e novos modelos de negócios” com o trabalho “Financiamento de nativos digitais: o exemplo do site O Barato de Floripa”. No dia seguinte, a mestranda Olga Lopes e a doutoranda Mariane Ventura apresentam o artigo “Affordances de personalização na construção de sentido sobre a covid-19 no jornalismo de dados” na sessão temática “Jornalismo de dados, ética da informação, fake news e crise dos pontos de vista centrais”.
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Mestranda do PPGJOR publica capítulo em livro na Argentina

15/12/2020 08:41

A mestranda Alessandra Natasha Costa Ramos terá artigo publicado como um dos capítulos do livro “Otras Plataformas. Tramas de una convergencia periférica en sectores populares, cooperativos y alternativos”. Editada pelo Centro de Estudos Avançados da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Nacional de Córdoba, na Argentina,  a obra terá apresentação virtual amanhã, 16, às 17h, e reúne resultados de pesquisas de 16 autores de diferentes universidades argentinas, além de artigo da pós-graduanda do PPGJOR.

“Minha participação neste livro como autora aconteceu a partir da experiência na Escola de Verão da ALAIC, em março desde ano. Durante a semana que passei em Lima (Peru), estive em contato com diversos pesquisadores e professores, dentre eles, a professora Daniela Monje, da Universidade Nacional de Córdoba, que me convidou a participar com uma versão do artigo que submeti à Escola”, explica Natasha.

Participam do lançamento virtual do livro, Beatriz Busaniche (Fundación Vía Libre); Alberto Calvo (COLSECOR); Ariel Fernández Alvarado (CATEL) e Claudia Villamayor (UNLP e Pesquisadora da UNQ). O evento será transmitido ao vivo às 17 horas pelo canal do YouTube “Proyecto ECA”: https://youtu.be/_Tj3TqH9jU4

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Karina Woehl de Farias defende tese sobre migração do AM ao FM no rádio catarinense

14/12/2020 11:32

A doutoranda Karina Woehl de Farias defende a tese: “Do AM para o FM: adaptações do radiojornalismo na migração de dial em Santa Catarina”. No formato online, a banca ocorre amanhã, 15. O trabalho é a primeira tese de doutorado em radiojornalismo do PPGJOR/UFSC.

A pesquisa discute um dos principais fenômenos do meio na atualidade e reflete as transformações e continuidades na programação radiojornalística com a troca de dial, com o olhar para Santa Catarina. O estudo aponta caminhos e tendências do rádio, que agora transfere-se para o FM.

A tese orientada pela professora Valci Mousquer Zuculoto e terá como banca avaliadora os professores Nair Prata (UFOP), Eduardo Meditsch (UFSC) e Cárlida Emerim (UFSC).

A sessão inicia às 15 horas, via plataforma Conferência Web, e pode ser acessada neste link. Mestrandos e doutorandos do Programa poderão assinar a lista de presença aqui.

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Nota: Solidariedade à jornalista Schirlei Alves

14/12/2020 11:12

Os professores do Departamento de Jornalismo e do Programa de Pós-Graduação da UFSC manifestam solidariedade à jornalista Schirlei Alves, processada por danos morais após publicar reportagem no The Intercept Brasil sobre o caso Mariana Ferrer. O caso ganhou repercussão nacional pelos comentários humilhantes contra a vítima durante o julgamento. Criar obstáculos ou intimidar jornalistas no seu exercício de informar e reportar constitui ameaça à liberdade de imprensa, ao direito à informação e ao exercício profissional ético do jornalismo, pilares fundamentais da construção de uma sociedade mais igualitária e democrática.

Florianópolis, 14 de dezembro de 2020.

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